20 dezembro 2008

Naquela noite seu sono não seria igual
Tudo se misturava na sua cabeça
Sim, ela era imortal


Naquela noite, ela não dormiria
Quem sabe um calmante
A Tempestade, a Morte, a Calmaria


Os olhos abertos
Os olhos lembravama cada segundo
Os olhos cerrados.

Olhos com brilho
Parem de chorar
Se a morte a levou
Seu sorriso meigo aqui
Para sempre ficará

Lágrimas que afogam
Dor que dilacera
Se naquela noite em teu colo ela apóia
O conforto que não dera
À face da morte, uma enorme mágoa,
O conforto não viera
Sua maior fraqueza exposta
E o conforto ela ainda espera.

O tempo que não parava
Agora parece não passar
Se a vida logo acaba
O tempo ainda vai pulsar
A vida continua
Mas o coração pode parar
O coração que já não fala
O coração que se cala
O coração agora me cala
O coração que tum-tum pára.

Júlia Melo

2 comentários:

Anônimo disse...

Menina, amei essa! Uma das minhas prediletas! Arrasou!

Ana disse...

Juju, enfim, resolveu criar um blog.
Está lindo.
Continue enchendo nossos pedacinhoss de alma com a sua poesia.
Bjao